Notícia 02 de Outubro de 2019

Câncer de mama: sintomas, prevenção e tratamento

Com cerca de 60 mil novos casos por ano no Brasil, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres no mundo e o segundo no país, ficando atrás apenas do de pele não melanoma. Mas o diagnóstico não é o fim, as chances de cura chegam a 95% dos casos quando o tumor é detectado no início.

Todos os anos, a campanha Outubro Rosa busca conscientizar sobre a importância da prevenção e do tratamento correto do câncer de mama, mas os números de pesquisas mostram que é preciso fazer mais. Embora a mamografia a partir dos 40 anos seja essencial para o diagnóstico precoce, a adesão a este exame de imagem é ainda um dos entraves para vencer a doença.

A Pesquisa Nacional de Saúde 2013 (PNS), a mais recente disponível no Brasil, aponta que 3,8 milhões de mulheres de 50 a 69 anos nunca realizaram mamografia, o que corresponde a 18,4% da população feminina nessa faixa etária. O maior índice entre as grandes regiões fica no Norte (37,8%), contra 11,9% do Sudeste, que tem a menor taxa.

“O primeiro e principal passo para combatermos a doença é o conhecimento. Temos que maximizar a exposição das informações para que cada vez mais mulheres e população em geral estejam conscientes da necessidade de realização da mamografia”, afirma Bruno Ferrari, oncologista e Presidente do Conselho de Administração do Grupo Oncoclínicas.

A adesão à mamografia precisa ser antecipada entre mulheres com histórico de câncer na família, ou seja, cujas mães, avós ou irmãs tiveram câncer de mama. “Cerca de 10% dos casos de câncer de mama estão associados a fatores genéticos hereditários”, explica Ferrari. “Nessas situações, o controle preventivo deve ser iniciado antes mesmo dos 40 anos por conta do risco aumentado”, orienta.

Sinais de câncer e mama
A característica mais comum da doença é o surgimento de um nódulo nas mamas ou axilas geralmente indolor. Além disso, o paciente pode apresentar outros sinais menos frequentes; veja abaixo:

Inchaço de toda ou parte de uma mama (mesmo que não se sinta um nódulo)
Edema (inchaço) da pele
Eritema (vermelhidão) na pele
Inversão do mamilo
Assimetria das mamas
Espessamento ou retração da pele ou do mamilo
Secreção pelos mamilos
Inchaço do braço
Dor na mama ou mamilo
Como reduzir o risco do câncer de mama
A prevenção do câncer de mama não é totalmente possível em função dos múltiplos fatores relacionados ao surgimento da doença e ao fato de vários deles não serem modificáveis, mas além de realizar exames preventivos com frequência, a adoção de alguns hábitos de vida saudáveis, podem diminuir o risco; são eles:

Manter uma dieta balanceada, rica em frutas e vegetais e com pouca gordura;
Praticar atividades físicas regulares, pelo menos por 1 hora, 3 dias por semana;
Evitar sobrepeso;
Evitar fumar;
Quando amamentar, fazê-lo pelo maior número de meses possível;
Evitar ingestão alcoólica excessiva, mais de três drinques de alto teor alcoólico por dia.
De acordo com o Ministério da Saúde, estima-se que por meio da alimentação, nutrição e atividade física é possível reduzir em até 28% o risco de a mulher desenvolver câncer de mama.

Ainda de acordo com um levantamento feito por instituições brasileiras e americanas, em parceria com o Ministério da Saúde, 12% das mortes causadas pela doença no Brasil poderiam ser evitadas caso as mulheres praticassem atividades físicas regularmente.

Tratamento para câncer de mama
Para o tratamento de câncer de mama, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece todos os tipos de cirurgia, como mastectomias, cirurgias conservadoras e reconstrução mamária, além de radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e tratamento com anticorpos. O tipo de terapia ou modalidade escolhida para tratar a doença irá depender de vários fatores, como a localização do tumor, o tipo e a extensão da doença.

Confira em detalhes as modalidades de tratamento:

Hormonoterapia

Muitos cânceres de mama crescem às custas do hormônio feminino chamado estrogênio. Então, a maioria das hormonioterapias age diminuindo os níveis desse hormônio ou o impedindo de atuar sobre as células cancerígenas da mama.

A hormonioterapia costuma ser mais efetiva em pacientes pós-menopausa e pode ser administrada antes ou depois da cirurgia.

Quimioterapia

Em alguns casos de câncer de mama, a quimioterapia é necessária e pode salvar vidas. Ela consiste na administração de medicamentos para destruir o câncer, que podem ser feito por via intravenosa (injeção numa veia) ou por via oral. A quimioterapia sistêmica é administrada na corrente sanguínea para poder atingir as células cancerígenas em todo o corpo.

Cirurgia conservadora da mama

Esse é um procedimento para retirar o tumor com uma margem de segurança, preservando a maior parte possível da mama. Alguns tecidos e linfonodos saudáveis ​​adjacentes também são geralmente removidos. Esse procedimento é muitas vezes uma opção de tratamento para mulheres com câncer de mama em estágio inicial, pois permite que ela preserve a maior parte da mama.

Mastectomias – cirurgia para a retirada da mama

A mastectomia consiste na retirada cirúrgica de toda a mama. Muitas vezes, é realizada quando uma mulher não pode ser tratada com a cirurgia conservadora da mama (lumpectomia), que poupa a maior parte da mama. Também pode ser feita se uma mulher preferir a mastectomia sobre a cirurgia conservadora da mama por motivos pessoais.

Radioterapia

O tratamento utiliza radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células anormais que formam um tumor.

Nem todas as mulheres com câncer de mama têm indicação de radioterapia, que pode ser realizada nas seguintes situações:

Após a cirurgia conservadora da mama, para diminuir a chance da recidiva na mama ou nos linfonodos próximos.
Após uma mastectomia, especialmente se o tumor tinha mais que 5 cm de diâmetro ou se estava nos linfonodos.
Se o tumor estava disseminado para outros órgãos, como ossos ou cérebro.
Reconstrução mamária e a volta da autoestima
Em casos em que torna-se necessária a retirada da mama ou parte dela, é possível reconstruí-la a partir de uma cirurgia. O procedimento de reconstrução mamária é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Essa cirurgia ajuda a devolver autoestima, autoconfiança e qualidade de vida que geralmente são afetadas quando a mulher passa por esse momento tão delicado e desgastante, física e emocionalmente. Com o procedimento também é possível alcançar simetria estética da região.

A reconstrução mamária deve ser feita de acordo com a possibilidade clínica e preferência da mulher. A orientação, conforme previsto na Lei nº 12.802, é que a cirurgia de reconstrução, prioritariamente, seja realizada na retirada da mama. No entanto, de acordo com a própria legislação, quando não houver indicação clínica para realização dos dois procedimentos ao mesmo tempo, a paciente será encaminhada para acompanhamento e terá garantida a realização da cirurgia após alcançar as condições clínicas necessárias.

Em alguns casos, a reconstrução pode ser adiada em razão da necessidade de terapias adjuvantes, como radioterapia ou quimioterapia, ou ainda como objetivo de se evitar infecção ou rejeição da prótese.

Fonte: Catraca Livre
Imagem: YinYang

 

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